Peço desculpa pelo título sensacionalista, mas é certo e seguro que o mesmo me fará ter mais page views.
Notícias mais recentes do mundo da investigação das comezainas (cientificamente falando, investigação relacionada com a obesidade) indicam que se pode ter descoberto um supressor do apetite de interesse para todos (lá vão as farmacêuticas multiplicar os lucros).
Notícia na íntegra aqui.
Caríssimos,
Ontem pensei que ia desta para melhor.
Depois de um dia pesadão de trabalho, entrei em casa já o ponteiro andava quase nas 21h.
Fui dedicar-me aos preparos do mui nobre e aclamado jantar - que não foi muito além de uma sopita, 1 pão com algo e uma taça giga de morangos.
Meia hora depois de deglutir o atractivo conjunto de alimentos, era ver-me a mudar de cor... a ter visão em túnel e tonturas e enjoos dignos de grávida. Os meus nervos têm uma ignição directa ao meu Sistema Digestivo.
Segurei os bofes, ajustei a vela da barcarola e jurei para mim mesma que não ia deixar virar a minha embarcação.
Hoje, depois de um contacto semi-turbulento com o meu pequeno-almoço, estou intacta e sobrevivi à experiência alucinogénica que é ter uma paragem digestiva. Nenhum cogumelo mágico me poria tão alucinada como estive ontem, quando via o candeeiro do tecto do quarto a desmultiplicar-se em variadíssimos outros...
Continuarei a fazer os relatos gástricos.
Na pior das hipóteses, descrevo-vos a endoscopia!..
Esta vai ser a semana da promoção da alimentação saudável no Parlamento: sexta-feira o PS apresenta um projecto de lei para reduzir o teor de sal no pão e um projecto de resolução em que recomenda ao Governo a distribuição gratuita de frutas e legumes nas escolas.
São boas notícias, aplaudem os nutricionistas e médicos especialistas em nutrição. Mas todos defendem que se poderia ir mais longe, nomeadamente regulando áreas tão problemáticas como a publicidade a alimentos dirigida a crianças e jovens. Nem de propósito. O deputado socialista Jorge Almeida, médico e um dos autores dos dois projectos que agora sobem a plenário, admitiu ao PÚBLICO que esta será a próxima iniciativa a avançar e que isso deve acontecer "em breve".
Há mais de dois anos que o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) apresentou uma proposta de alteração ao Código da Publicidade com o objectivo de regular a publicidade a produtos alimentares dirigida a crianças e jovens. Desde essa altura, o projecto "está a marinar na Comissão Parlamentar de Saúde", reconhece Almeida. Em 2006, o PS pediu ao PEV que esperasse um pouco, porque estava prestes a entregar um novo Código da Publicidade e por isso não faria sentido alterar uma lei que ia ser revogada, explica o deputado ecologista Francisco Madeira. Até hoje.
"Fazer uma lei que proíba a publicidade a alimentos hipercalóricos nos programas infanto-juvenis é prioritário", defende a médica Isabel do Carmo, que lembra os dois estudos da associação para a defesa do consumidor Deco que concluíram que "mais de 90 por cento" destes anúncios são de produtos com calorias a mais. "Está nas mãos do PS acabar com isto", diz a médica, para quem é ainda urgente regular os alimentos vendidos nos bares das escolas. Uma reivindicação que é feita igualmente pelo presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, Galvão Teles. É que, apesar de haver recomendações do Ministério da Educação sobre esta matéria, há estabelecimentos que as seguem mas outros não, lembra Isabel do Carmo.
Também o coordenador da Plataforma de Luta contra a Obesidade, João Breda, advoga a regulação da publicidade dirigida a crianças. "A regulação deve existir, quando ao auto-regulação não funciona", frisa o nutricionista. Outra medida que Breda gostaria de ver operacionalizada era a redução de ácidos gordos, à semelhança do que se vai fazer agora com o sal. O projecto de lei que sexta-feira vai ser apreciado na generalidade estipula que o teor máximo de sal no pão passe a ser de 1,4 gramas por cada 100 gramas de pão e prevê coimas que oscilam entre os 500 e os 5 mil euros, definindo ainda orientações para a rotulagem de alimentos pré-embalados. A outra iniciativa é um projecto de resolução que recomenda ao Governo a adesão ao programa comunitário de distribuição de frutas e legumes nas escolas (aprovado em 2008) e a preparação de um programa nacional de promoção do consumo de hortofrutícolas.
O PS propõe ainda ao Governo que estude a possibilidade de proibição da venda de alimentos hipersalinos e hipercalóricos nas escolas. Para a presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, Alexandra Bento, as duas iniciativas têm todo o mérito, até porque constituem dois dos erros da alimentação dos
portugueses. "Consumimos o dobro do sal recomendado pela OMS e, como um dos veículos para este consumo é o pão, esta medida é muito importante como sinalização", afirma. Também a distribuição gratuita de fruta lhe merece grandes elogios. "Cada português consome pouco mais de uma peça de fruta por dia, quando o recomendável é entre três a cinco.""
in Publico (10-03-2009)