Olhei para ela. Tinha à minha frente mais uma pessoa, como tantas outras.
Mais uma com os mesmos problemas, as mesmas dificuldades. A mesma impotência. Sim, aparentemente era mais uma que não conseguia.
Começou no seu discurso, um pouco disconexo, sem um princípio lógico, sem um fim previsível:
- Tenho uma coisa a dizer-lhe. Não sei que conselhos me vai dar aqui. Aliás, faço uma pequena ideia, mas não posso dizer ao certo. Sejam lá quais forem... há um pedido que lhe quero fazer: que não sejam pagos. Não posso gastar mais em mais nada. Eu sou aquela que não sai aos fins-de-semana, por saber que não tem dinheiro para tomar um café.
(...)
Os problemas estão tão perto de nós...