É daqueles filmes meios parvónios, em que a amante me faz lembrar aquela descrita no "Sexo&Cidália", em que a pouco respeitada senhora ficava em casa (ou no ninho do amor), à espera do seu homem todo o dia. Em que a mulher o protegia, fosse lá ele um bacamarte gentleman ou um macho viril. E depois teria de haver sempre o outro lado, o da mulher traída, saudosa dos tempos idos. E o gentleman/ macho viril, reinava sempre a seu bel-prazer, ora com sábias palavras mascaradas sob a forma de trilogias de chocolate, ora desfilando um novo amor.
E Almodóvar contou-o melhor que ninguém, num filme teatral, em que o Banderas ainda não era sequer sexy (era apenas 1 tótó dos mais horrorosos). Recomendo.
